O Índice de Confiança de Serviços, medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV), cresceu 0,9 ponto de setembro para outubro e atingiu 88,3 pontos, em uma escala de zero a 200.
Segundo o consultor da FGV Silvio Sales, todos os quatro indicadores que compõem o índice avançaram ante o mês anterior. Segundo ele, isso pode estar relacionado à proximidade da definição do cenário político (a pesquisa foi feita antes do resultado eleitoral), atuando na redução da incerteza no âmbito das empresas e também dos consumidores.
Apesar disso, como o indicador ainda está abaixo dos 90 pontos, isso mostra que um contexto de moderado pessimismo.
O avanço foi observado em seis das 13 principais atividades de serviços pesquisadas. O Índice da Situação Atual, que mede a confiança do empresariado em relação ao presente, subiu 0,8 ponto em outubro, para 85,9 pontos.
Já o Índice de Expectativas, que analisa o otimismo em relação ao futuro, avançou 1,1 ponto em outubro, para 91,1 pontos.
O Nível de Utilização da Capacidade Instalada do setor de Serviços subiu 0,3 ponto percentual (p.p.) em outubro, indo para 82,2%.
Confiança do empresário da indústria recua 2 pontos
O Índice de Confiança da Indústria, calculado pela Fundação Getulio Vargas (FGV), recuou 2 pontos de setembro para outubro. Essa foi a terceira queda consecutiva do indicador, que acumula perda de 6 pontos no período.
O índice caiu para 94,1 pontos, em uma escala de zero a 200 pontos, o menor patamar desde setembro de 2017 (93,4 pontos).
O Índice da Situação Atual, que mede a confiança no presente, caiu 2,3 pontos para 92,9 pontos. O Índice de Expectativas, que apura a opinião dos empresários em relação ao futuro, recuou 1,6 ponto, indo para 95,5 pontos.
Segundo a coordenadora de Sondagens da FGV, Viviane Seda Bittencourt, a queda da confiança em outubro foi influenciada por uma deterioração no ambiente de negócios.
Segundo ela, a piora do cenário externo e o câmbio geram efeito redutor nas expectativas de produção.
A proximidade do fim do processo eleitoral parece já gerar um efeito positivo nos empresários, mas ainda insuficiente para reverter a tendência de queda da confiança no setor, disse Viviane.