Revista Veja
O triunfo do maluco
No discurso que inaugurou o ano de 2018, o ditador da Coreia do Norte, Kim Jong-un, dirigiu-se assim ao seu maior inimigo: “Não é uma simples ameaça. Eu realmente tenho um botão nuclear na minha mesa. Todo o território dos Estados Unidos está ao alcance de um ataque nuclear”. No ano anterior, ele testara uma bomba de hidrogênio, cerca de 100 vezes mais poderosa que as que o país já tinha, e fizera testes de mísseis balísticos capazes de alcançar metade do planeta. A Coreia do Sul e o Japão, mais próximos, ficaram alarmados. A possibilidade de Kim iniciar uma hecatombe levou até a China, tradicional aliada, a cortar a remessa de gasolina para esfriar o ímpeto do pequeno tirano. A ameaça do “homenzinho do foguete”, como o presidente americano o chamou, fez o próprio Trump sentar-se à mesa de negociações com Kim na semana passada, um encontro histórico entre inimigos que antes só se insultavam em público.
Revista Época
Gays de direita: o que pensam jovens homossexuais conservadores
A primeira edição do Congresso Brasil x Israel aconteceu em um domingo de garoa, dia 4 de março, em uma sinagoga localizada no bairro do Tucuruvi, na Zona Norte de São Paulo. Em um salão com bancos de madeira escura circundado por um mezanino feito do mesmo material, o pequeno público masculino e feminino, branco e pardo, judeu e gói tomava seus lugares para ouvir a palestra — que começaria com bastante atraso. Vestido com uma camisa roxa, calças negras presas com suspensórios, os cabelos claros formando um topete redondo e usando pequenos óculos de aro prateado, o professor e ativista político Rommel Werneck, o Febo, destoava do estilo simples do figurino dos presentes. Ao descer as escadas do mezanino para conversar com ÉPOCA, despediu-se de uma mulher baixa, morena e de cabelos lisos que vestia uma camiseta amarela onde estava escrito “Mães pelo Escola sem Partido”. Ao receber dois beijos, um em cada face, pediu um terceiro “para casar”.
O fato de Febo ser gay não é um fator de exclusão ali ou no Direita São Paulo, movimento conservador com mais de 900 membros, presente em 25 cidades do estado de São Paulo, com 215 mil curtidas no Facebook. Febo é um dos coordenadores do grupo, responsável pelo núcleo de Santo André, cidade onde vive desde 2015 e que o fez decidir-se por atuar politicamente. A decisão se deu em virtude dos absurdos que afirma ter presenciado no ensino público municipal — como uma visita de estudantes a um acampamento do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, o MST.
Revista IstoÉ
O novo mundo de Trump
O comportamento irracional do presidente americano na cúpula do G7 contrasta com a postura amistosa adotada em seu encontro histórico com o ditador norte-coreano Kim Jong-un. Se de um lado ele pode desintegrar o equilíbrio global em vigor desde o fim da Segunda Guerra, por outro avança na pacificação global de forma inédita. O que isso significa para o mundo?