A construção civil está a cada dia se inovando e criando novas formas de atingir seus objetivos, seja com a ajuda da tecnologia ou com novas ferramentas de planejamento de projetos ou gestão. Uma nova forma de se pensar dentro da construção é a sustentabilidade. Esse conceito foi criado pelas Nações Unidas para discutir e propor meios de harmonizar dois objetivos: o desenvolvimento econômico e a conservação ambiental. Ou seja: é uma forma de conciliar as obras com a preservação dos recursos naturais.

Vamos pensar na prática: a sustentabilidade na construção civil é garantir que antes, durante e após as construções, sejam feitas ações que reduzam os impactos ambientais, para que não afeta as gerações futuras. É bem simples: algumas ações como fazer com que os materiais sejam reutilizados, definir alternativas para a exploração dos recursos naturais e encontrar novas formas de gerar e economizar energia são atitudes que diminuem os impactos da construção no ambiente.

Vamos trabalhar com número, o setor da construção civil consome muitos recursos naturais e gera quantidades exorbitantes de resíduos. De acordo com uma responsável da Bild Desenvolvimento Imobiliário, incorporadora e construtora, em um dia cada colaborador da obra gera aproximadamente 51,74 gramas de resíduos, totalizando cerca de 9 kg de resíduos por dia quando considerados os mais de 170 colaboradores. Essas informações foram tiradas do site mobussconstrucaocivil.com.br. E mais um detalhe importante: com cada vez mais pessoas pensando no meio ambiente, a sustentabilidade na construção civil vem se tornando um critério na hora de escolher a empresa para tocar a obra pra frente.

Incentivos fiscais

Além desses benefícios que citamos acima, existem outras vantagens em aderir a sustentabilidade na construção civil, como por exemplo, os incentivos fiscais por parte do governo brasileiro, tanto em âmbito federal, como estadual e municipal. Dessa forma, uma construção verde, que é uma obra ecologicamente correta, pode ganhar alguns financiamentos e descontos em impostos fiscais.

Ao redor do mundo, principalmente em países desenvolvidos, há uma série de incentivos econômicos para construções verdes. Um exemplo é a Alemanha, país que remunera os cidadãos que produzem um excedente de energia obtida por placas fotovoltaicas.

IPTU Verde

Você já ouviu falar em IPTU Verde? Já que estamos falando de incentivos fiscais não podia deixar de falar do mais famoso. O IPTU Verde nada mais é que um desconto que é dado no IPTU para obras que implementarem sistemas ecoeficientes nas suas construções ou reformas.

Cada cidade que utiliza o IPTU Verde determina o valor dos descontos, mas eles variam de 5% a 20%. Os sistemas ecoeficientes que devem ser implementados também variam, mas alguns exemplos são: 

  • Captação e reutilização de água; 
  • Reciclagem e reuso de resíduos de materiais de construção; 
  • Uso de placas solares para o aquecimento de água; 
  • Uso de placas fotovoltaicas para geração de energia elétrica.

Lembrando que, em 2018, o Senado aprovou um Projeto de Lei (PLS 252/2014), elaborado em 2014, que visa oferecer incentivos econômicos à construções que adotarem práticas de redução de consumo de água e maior eficiência energética. Porém, o projeto precisa passar ainda pela Câmara dos Deputados.