Médicos ortopedistas e traumatologistas suspenderam consultas e cirurgias por planos de saúde. A decisão veio em assembleia dos especialistas, em parceria da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia do Ceará com o Sindicato dos Médicos do Ceará (Simec). A categoria alega que luta pela atualização dos valores dos honorários desde novembro de 2017 e reclama de falta de diálogo por parte da União Nacional das Instituições de Autogestão em Saúde (Unidas), que representa 22 convênios de saúde no Estado.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia do Ceará, as cirurgias mais afetadas são as de próteses das articulações do quadril e do joelho e as cirurgias de revisão de artroplastia do quadril e do joelho. A instituição estima que cerca de 1,2 milhão de clientes de planos de saúde, que têm planos atualizados, podem ser prejudicados só no Estado.
O presidente da Sociedade, Tiago de Morais Gomes, destaca que os profissionais seguem sem valor revisado mesmo quando os beneficiários dos planos precisam pagar o reajuste das mensalidades todo ano. Ele diz que os valores defasados tornam alguns procedimentos inviáveis e o médico acaba tendo que pagar para trabalhar. Por isso, alguns atendimentos foram suspensos e a população foi atingida. A Unidas não se pronunciou sobre a reivindicação dos médicos.