O consumo de energia elétrica entre os dias 1º e 24 de janeiro no Sistema Integrado nacional (SIN) alcançou 62.136 MW médios, quantia 3% superior à registrada entre os dias 3 e 26 de janeiro do ano passado, informou nesta quinta-feira, 26, a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).

De acordo com a entidade, houve queda de 1,8% no consumo de energia entre os períodos pelo mercado cativo (ACR), no qual os consumidores são atendidos pelas distribuidoras – a câmara destaca, no entanto, que esse índice é influenciado diretamente pela migração de consumidores para o mercado livre.

Desconsiderando esse movimento e levando em conta o impacto do ano novo, o consumo no ACR apresentaria crescimento de 6,4% na comparação entre os intervalos, em função do aumento das temperaturas médias nos primeiros dias de 2017.

Já no ambiente de contratação livre (ACL), no qual os consumidores compram a energia diretamente dos fornecedores, houve aumento de 18,9% no consumo – segundo a CCEE, o indicador recuaria 0,7% caso fosse levado em conta o feriado de ano-novo e se não fossem consideradas as novas cargas vindas do ACR.

A câmara ainda informa que, dentre os ramos da indústria, os setores de comércio, serviços e saneamento puxaram o aumento no consumo de energia entre os períodos, com elevações de 119,1%, 78% e 74,5%, respectivamente. Segundo a entidade, os índices foram diretamente influenciados pela migração de consumidores para o mercado livre.

Geração

A CCEE também afirma que a geração de energia pelas usinas do SIN totalizou 65.161 MW médios nos primeiros 24 dias de 2017, montante 3,6% superior ao registrado entre 3 e 26 de janeiro de 2016.

Segundo a entidade, as usinas eólicas tiveram um aumento de 136% na geração de energia entre os períodos, enquanto as usinas hidráulicas aumentaram a produção em 9%.

A câmara estima que as usinas hidrelétricas integrantes do Mecanismo de Realocação de Energia (MRE) gerem, em janeiro, o equivalente a 106% de suas garantias físicas, ou 50.889 MW médios em energia elétrica – para fins de repactuação do risco hidrológico, este porcentual foi de 96%.

Fonte: Estadão Conteúdo