A Polícia Federal afirmou, nesta quarta-feira (03), que certificados de vacinação contra Covid-19 foram emitidos no usuário do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no aplicativo ConecteSUS. Um dos documentos foi emitido um dia após a inserção de dados supostamente falsos no sistema. A informação consta no relatório da PF que serve como base para a investigação sobre suspeita de fraude em dados de vacinação de Bolsonaro, da filha dele 12 anos, e de assessores do ex-presidente.

Em uma operação, realizada nesta quarta-feira (03), a corporação prendeu seis pessoas e cumpriu 16 mandados de busca e apreensão contra suspeitos. O ex-presidente nega ter participado de fraudes e alega que não foi vacinado contra Covid.

De acordo com as investigações da PF, em 21 de dezembro do ano passado, foram incluídas informações sobre a aplicação de duas doses da vacina da Pfizer contra Covid-19 no ex-presidente. Após o lançamento no ConecteSUS, é possível gerar um comprovante de imunização. Seis dias depois, em 27 de janeiro às 20h59, os dados foram excluídos do sistema pela servidora Claudia Helena Acosta Rodrigues Da Silva, sob alegação de “erro”.

O relatório da PF aponta que, ao todo, quatro certificados de vacinação foram emitidos pelo usuário associado a Bolsonaro. Dois deles, antes da exclusão das informações supostamente falsas, nas seguintes datas:

  • 22 de dezembro de 2022, às 8h
  • 27 de dezembro de 2022, às 14h19