Os consumidores devem se preparar para uma conta mais salgada: a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) definiu, nesta terça-feira (29), um novo valor para a bandeira vermelha patamar 2, que está sendo cobrada atualmente na conta de luz. A mudança tem impacto sobre o consumo residencial e comercial. De acordo com a decisão, a taxa passa de R$ 6,243 por 100 kWh para R$ 9,49 por 100 kWh, o que significa um aumento de 52%.

O reajuste da taxa extra é um recurso encontrado para inibir o aumento no consumo diante do encarecimento da energia elétrica que passa a ser fornecida pelas termelétricas em função do baixo nível nos reservatórios das hidrelétricas. Como tentativa de minimizar o problema, o Ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, fez um apelo, na noite de segunda-feira, por meio de cadeia nacional de rádio e televisão, para a população consumir água e energia de forma mais moderada, evitando, assim, excessos.

Quanto mais baixo o nível de água acumulada nos reservatórios das hidrelétricas, mais cara se torna a energia que chega ao consumidor final. Diante da falta de chuvas, o aumento na bandeira vermelha patamar , conforme os cálculos da Aneel, deveria ter sido ainda maior, levando a taxa para R$ 11,50 (aumento de 84%). O acréscimo envolveria uma mudança na metodologia de cálculo das bandeiras.

A decisão da agência, nesta terça-feira, foi de implantar um aumento menor agora e convocar uma consulta pública para debater as alterações de metodologia. Ou seja, é provável que, se não houver melhor no volume de chuvas, os consumidores tenham que pagar ainda mais caro pela energia. A informação sobre o reajuste das taxas extras cobradas na conta de energia foram antecipadas pelo portal UOL.