O trabalho à distância, conhecido como home office, é marcado pela utilização da tecnologia para prestar algum serviço e está sendo utilizado por diversos escritórios durante a pandemia do coronavírus. Mas algumas áreas não conseguem aplicar o serviço remoto, como é o caso do emprego doméstico, realizado essencialmente presencial.

Em todo o Ceará, cerca de 276 mil pessoas se enquadram na categoria do trabalho doméstico, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, que abrange profissões como arrumadeiras, cozinheiros, motoristas, lavadeiras, babás e cuidadores. O estado é um dos mais afetados pela doença.

Cerca de 41 mil trabalhavam com carteira de trabalho assinada, no último trimestre de 2019, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua. Os dados do primeiro trimestre de 2020 ainda não foram divulgados. Outras 235 mil pessoas, representando 85% do total, desempenhavam a função sem vínculos formais.

Nos dias 14 e 15 de abril, uma pesquisa do Instituto Locomotiva constatou que, no Brasil, 39% dos empregadores de diaristas abdicaram do serviço das profissionais sem manter o pagamento. Por outro lado, 23% dos patrões de diaristas e 39% dos empregadores mantiveram as funcionárias trabalhando, mesmo na quarentena.