Apesar de não serem muito frequentes, explosões causadas por vazamento de gás são uma ameaça que não pode ser desprezada. Seu potencial destrutivo é enorme e o material combustível, concentrado sob alta pressão dentro dos botijões de gás, pode ser encontrado nos lares de quase todos os cearenses. Falhas no sistema de vedação, causando vazamentos, são o tipo de ocorrência mais comum atendida pelo Corpo de Bombeiros.
“Esse tipo de ocorrência, que nós chamamos de GLP sem fogo, costuma mobilizar nossas viaturas várias vezes todos os dias. Normalmente o problema está no anel de vedação, que quebra facilmente se for apertado demais, ou nos componentes que conduzem o gás do botijão ao fogão, que são a borboleta e a mangueira, que têm data de validade e precisam ser trocadas periodicamente”, explica o coordenador operacional do CBMCE, Coronel Francisco William Lopes Rodrigues.
Mas para evitar o risco de um “GLP sem fogo” evoluir para um “GLP com fogo”, é preciso adotar algumas medidas simples, mas muito importantes. Antes de tudo, recipientes de armazenamento de gás devem estar posicionados sempre fora de casas e apartamentos, em locais ventilados, onde o gás possa circular naturalmente em caso de vazamento. Além disso, na hora de trocar o botijão, deve-se evitar o uso de força excessiva. Basta girar a borboleta com as próprias mãos até o limite do sistema de rosqueamento. Testar a vedação do equipamento com fósforos ou isqueiros acesos é uma prática fortemente desaconselhada. Para este fim, basta usar água com sabão. A formação de bolhas é tão eficiente quanto o fogo para revelar possíveis vazamentos, mas incomparavelmente mais segura.
Porém, se mesmo com todos esses cuidados, o cheiro de gás for perceptível no ambiente, o Corpo de Bombeiros deverá ser acionado. “A primeira medida é garantir a circulação do gás. Se o recipiente não estiver num local aberto e ventilado, é importante levá-lo para fora de casa. Não se deve acender ou ligar nenhum equipamento elétrico onde se possa sentir o cheiro do gás. Eles podem gerar faíscas ou centelhas capazes de iniciar uma explosão. No mais, é aguardar a chegada de uma de nossas guarnições para verificar qual a medida a ser adotada”, esclarece o coordenador da Coordenadoria de Atividades Técnicas do CBMCE, Coronel Luís Eduardo Soares de Holanda.
Fonte: SSPDS