A decisão do Governo Federal em cortar mais R$ 328 milhões do orçamento de 2022 compromete o funcionamento das universidades até o final deste ano. O presidente da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior, Ricardo Fonseca, alertou que não há gordura para cortar e as universidades não conseguirão pagar contas de água e luz neste mês de outubro.
O último bloqueio de recursos para as instituições de nível superior, oficializado pelo Ministério da Economia, na última a R$ 763 milhões, o que gera dificuldades para o funcionamento das instituições de nível superior. Os cortes das verbas destinadas ao ensino universitário fazem parte de uma medida do Ministério da Economia que bloqueou o orçamento da Educação em R$ 2,6 bilhões. Com o corte de verbas, dirigentes de universidades e institutos federais alertaram que podem paralisar as atividades devido à falta de recursos.
‘’Já há universidades que não estão pagando luz ou água desde setembro por restrições orçamentárias que ocorreram ao longo do ano. A maior parte não vai pagar em outubro e novembro e outras, a minoria, em dezembro. Todas sentirão’’, disse o presidente da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior, Ricardo Fonseca, que ainda alertou: ‘’Não há universidade que não vá passar por essa situação diante seus gastos mais básicos’’.
SEM CORTES, DIZ MINISTRO DA EDUCAÇÃO
Enquanto reitores se queixam das dificuldades para a manutenção de serviços essenciais ao funcionamento de institutos e universidades, o ministro da Educação, Victor Godoy, contestou, nesta quinta-feira (6), as notícias sobre cortes de recursos para as instituições de ensino superior.
Godoy disse que há uso político com essa informação. “Não existe um único corte nas universidades. O bloqueio que foi feito no orçamento do Ministério da Educação, que é um bloqueio que, hoje, foi reduzido de R$ 2 bilhões para R$ 1,3 bilhões, não afeta em um centavo as universidades e institutos federais”, disse.
Segundo, ainda, Victor Godoy, o bloqueio foi “absorvido pelo Ministério da Educação”, e explicou que o ato é uma limitação na movimentação financeira até o mês de dezembro deste ano.