O presidente Jair Bolsonaro afirmou, nesta segunda-feira (26), que o Orçamento de 2021 será recomposto por meios legais. Sancionado com cortes de recursos nas áreas de saúde, meio ambiente e de obras em andamento, entre outros, o Orçamento teve redução nas verbas por uma “questão técnica”, segundo o presidente.

“Dizer aqueles que criticaram os cortes nos orçamentos, foi cortado sim por uma questão técnica. Mas, com toda certeza brevemente pelas vias legais, obviamente, nós faremos a devida recomposição do nosso orçamento porque o Brasil não pode e não vai parar”, declarou o presidente em evento em Feira de Santana, na Bahia, para entrega de trecho de duplicação da BR-101.

No orçamento sancionado na última quinta-feira (22), último dia do prazo legal, foram vetados R$ 19,8 bilhões, sendo R$ 11,9 bilhões em emendas parlamentares e o restante de despesas do próprio Executivo. Além disso, outros R$ 9,3 bilhões foram bloqueados.

Embora os vetos sejam definitivos, os valores bloqueados podem ser revertidos ao longo do ano se houver espaço no Orçamento. Apesar dos cortes, foram preservados R$ 33,5 bilhões acordados com o Congresso, valor que ficou nas mãos dos parlamentares.
O orçamento foi sancionado com cortes nas verbas da faixa 1 do Minha Casa, Minha Vida, programa habitacional renomeado de Casa Verde e Amarela, e do Ministério do Meio Ambiente. O corte se deu depois de uma “maquiagem” que subestimou as despesas obrigatórias deste ano para abertura de mais emendas.

PARTICIPAÇÃO EM EVENTO
O chefe do Executivo participou nesta segunda-feira junto do ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, da entrega de 22 km da duplicação da BR-101, entre os municípios de Feira de Santana e Esplanada, na Bahia.

Antes do evento, Bolsonaro foi filmado, sem máscara, cumprimentando apoiadores. Em uma transmissão ao vivo nas redes sociais de um dos seus assessores, o presidente também foi visto percorrendo trecho de carro com o corpo para fora do veículo, que circulava com as portas abertas.

Durante o evento, o presidente pontuou a presença do público no local.

“Pedi para liberar o povo para vir para cá porque um evento como esse sem povo não existe”, disse.

Bolsonaro, contrário às medidas de restrições em razão da pandemia, voltou a dizer que os fechamentos do comércio não foram fruto de ações do governo federal e mencionou uma “ditadura” os gestores estaduais. Não podemos admitir alguns pseudo-governadores querer impor a ditadura no meio de vocês usando do vírus subjugá-los”, afirmou.

(*) Com informações Estadão Conteúdo