A pandemia do novo coronavírus, que após atingir diversos países chegou ao Brasil, requisitou das autoridades a realização de medidas para evitar tanto a proliferação da doença quanto um dos piores cenários previstos diante do avanço do vírus: um colapso no sistema de saúde. Infelizmente, essa realidade já se apresenta em alguns estados, como no Ceará, mas, foi o Amazonas o primeiro estado brasileiro a ver o sistema de saúde entrar em colapso pela falta de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) em decorrência do aumento de pacientes diagnosticados com coronavírus.

A preocupante realidade foi constatada no Ceará na semana passada. O estado continua com 100% dos leitos de UTIs para Covid-19 da rede pública ocupados, mas espera a ativação de 36 novos hoje. Já no Amazonas, segundo a Secretaria Estadual de Saúde, nessa segunda-feira (20), a taxa de ocupação de UTIs era de 91%, enquanto que a de ocupação na enfermaria era de 75%. Ainda nessa segunda foi a vez dos estados de Pernambuco e o Pará também passaram a ter de lidar com hospitais superlotados e escassez de equipes médicas.

A situação em Pernambuco também é grave. O estado se tornou o terceiro a registrar fila de espera em UTIs para casos graves da Covid-19. Com 76 pessoas internadas vítimas da pandemia, Pernambuco atingiu 99% da taxa de ocupação dos centros de terapia intensiva. A demanda de pacientes contaminados pelo novo coronavírus foi maior que a capacidade dos 304 leitos exclusivos para os casos da doença. O estado soma 356 outros internados em leitos de enfermaria. A pandemia provocou 234 mortes até o momento.

No Pará, a cidade de Belém concentra a maioria das mortes causadas pela doença: 27 das 35 registradas. O município também concentra o maior número de casos do estado, sendo 655 de 902 em todo o Pará. Até essa segunda (20), todos os 125 leitos de UTIs da rede municipal de Belém estavam ocupados. Dos internados em estado grave, 80% são de pessoas com suspeita ou confirmação da Covid-19.