Os senadores Cid Gomes, do PDT, e Tasso Jereissati, do PSDB, estão entre os 31 autores do requerimento com pedido de criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar denúncias de irregularidades na aplicação de recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). O senador Eduardo Girão (Podemos) se opõe à investigação e integra o bloco governista que quer resgatar outras CPIs que chegaram antes da CPI do MEC.

O repórter Carlos Alberto, em participação no Jornal Alerta Geral, fala sobre a agitação política com a possível investigação nas contas da gestão do então ministro Milton Ribeiro. O assunto está, também, no Bate Papo Político, com a participação do jornalista Beto Almeida.

OPOSIÇÃO X SITUAÇÃO

O requerimento com o objetivo de levantar dados sobre o destino de verbas do Ministério da Educação CPI foi protocolado, nessa terça-feira, e gerou uma mobilização dos aliados do Palácio do Planalto para retirada de, pelo menos, 5 assinaturas com o objetivo de impedir as investigações na gestão do então Ministro da Educação, Milton Ribeiro e, também, antecipar a instalação de outras CPIs que estavam na fila.

Um dos articuladores dessa estratégia é o líder do governo, Carlos Portinho (PL-RJ), que cobrou da Presidência do Senado a leitura de requerimento, apresentado em abril, para criação de uma comissão parlamentar de inquérito (CPI) votada a apurar irregularidades que resultaram na existência de obras públicas inacabadas em creches, escolas e universidades, no período de 2006 a 2018.

Além do ofício do líder do governo, também nesta terça, os senadores Eduardo Girão ( e Plínio Valério (PSDB-AM) pediram, por meio de ofícios ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, a instalação, respectivamente, da CPI do Crime Organizado/Narcotráfico e da CPI das ONGs. Os aliados do Palácio do Planalto temem que a CPI para apurar má gestão na aplicação das verbas da educação se transforme em palanque para desgastar o presidente Bolsonaro