Os tucanos continuam divididos e enfrentam mais uma crise existencial quando a relação com o PMDB e o Palácio do Planalto se transforma em transtorno para a sigla que ainda sonha na recuperação para conquistar, em 2018, a Presidência da República. Um grupo de deputados federais se opõe à permanência do PSDB no primeiro escalão do Governo Federal. O próprio presidente interino da Executiva Nacional, senador Tasso Jereissati, endossa o rompimento com o Planalto, mas é voto vencido.
A crise existencial do PSDB ganhou um novo capítulo com a estratégia dos governistas escolherem o deputado federal Bonifácio de Andrada, de MG, para relatar a segunda denúncia contra o presidente Michel Temer. A escolha, feita pelo presidente da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara Federal, desagradou muitos tucanos.
A divisão interna com a indicação de Andrada aflorou ainda mais e o líder do PSDB na Câmara, deputado Ricardo Tripoli (SP), convocou uma reunião da bancada para essa terça-feira, 3. O encontro servirá para que a consultoria jurídica do partido apresente um parecer sobre o mérito da denúncia oferecida pela Procuradoria-Geral da República contra o presidente Michel Temer.
Os tucanos também devem discutir a questão da escolha do deputado Bonifácio de Andrada (PSDB-MG) para relatar a acusação contra Temer na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).
O parecer foi encomendado aos advogados do partido pela liderança da sigla após a escolha de Bonifácio para a relatoria. A definição do tucano como relator desagradou a ala do partido que defende um desembarque do governo Temer e causou conflito interno.
Tripoli havia feito um apelo para que a presidência da CCJ não escolhesse um nome da bancada, mas não foi ouvido. A intenção era evitar um desgaste, já que na primeira denúncia o parecer que serviu para barrar a continuidade do processo veio de um tucano.