O presidente do Banco Central, Roberto Campo Neto, reconheceu o forte impacto que a alta do custo da energia terá sobre a inflação. Segundo ele, a crise hídrica é mais preocupante sob a ótica do aumento de preços que da possibilidade de racionamento, e aumenta o desafio do BC de manter a inflação dentro das metas estabelecidas pelo governo por meio da política de juros.https://0b9eede9adddff56abf8d8865c0d069a.safeframe.googlesyndication.com/safeframe/1-0-38/html/container.html

“A gente tem todos os choques externos, choques internos, a crise hídrica, mais um ruído eleitoral, de fato isso dificulta”, disse Campos Neto, durante evento promovido pelo jornal O Estado de S. Paulo. “Mas o BC tem de pensar que sua missão é atingir a meta, entregar a meta de inflação. Esse é o elemento mais importante para garantir a estabilidade com crescimento sustentável de curto, médio e longo prazo”, completou.

A inflação acumulada em 12 meses atingiu 8,99% até julho, acima do teto da meta para este ano, que é de 5,25%, e de 5% para 2022. A expectativa de analistas é de que o BC vai subir fortemente a taxa básica de juros, a Selic, para trazer a inflação para a meta no próximo ano.

(*) Com informações Correio Braziliense