Em 2017, mais de 289 mil alunos ingressaram nos cursos superiores das áreas de engenharia, em todo o Brasil. Os dados são do Censo da Educação Superior, que também apontou que mais de 379 mil estudantes desistiram de ser engenheiros e trocaram de curso, trancaram a matrícula ou se desvincularam da universidade.
Para o coordenador dos cursos de engenharia da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), José Renato de Oliveira, é preciso deixar o ensino mais interessante para que os alunos não desistam da engenharia.
“Não basta ensinar os cálculos sem dar aplicações e sem ligar aquilo à vida, ao cotidiano do aluno. A oportunidade de ter prática, de ter experimento, é imprescindível.”
Diante da fragilidade e a necessidade da modernização do ensino de engenharia, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) identificou uma série de propostas para a atualização do currículo dos cursos superiores da área. A diretora de Inovação da CNI e superintendente nacional do Instituto Euvaldo Lodi (IEL), Gianna Sagazio, explica que o novo currículo de engenharia deve estar integrado com as novas tecnologias e estimular a produtividade.
“É importantíssimo que a formação privilegie o domínio das competências ligadas ao desenvolvimento e à gestão de projetos, habilidades como o empreendedorismo, a liderança, a criatividade, a facilidade de trabalho em equipes multidisciplinares e a capacidade de aprendizagem autônoma.”
As propostas foram definidas a partir de um trabalho conjunto entre a CNI, líderes empresariais e reitores de importantes universidades; e encaminhadas aos candidatos à presidência da República.
Com Agência do Rádio Mais