“Muito se discute sobre os problemas e pouco se fala em como solucioná-los” – a afirmação é da advogada Priscila Brito que voltou a comentar, no Jornal Alerta Geral desta quinta-feira (04), a falta de oportunidades para que as mulheres tenham protagonismo na política.
A ausência das vozes femininas na política brasileira “é um reflexo de fatores culturais machistas”, denuncia Priscila. Nas últimas edições do Jornal Alerta Geral (Expresso FM 104.3 + 26 emissoras no interior + Redes Sociais), a advogada tem comentado sobre o problema das candidaturas laranjas, que ocorre em grande parte como mecanismo para driblar a obrigatoriedade da cota eleitoral.
Para ela, o problema inicial é a má distribuição dos recursos partidários, a saber, mesmo existindo determinações legislativas para que os partidos reservem parte do fundo para campanhas femininas, as agremiações ainda insistem em “manter-se em suas bolhas masculinas”, afirma Priscila.
Diante disso, a primeira solução é para que os partidos “cumpram a lei e invistam nas suas filiadas”. Outra sugestão reiterada por Priscila é que existam mais creches para que as mães possam deixar seus filhos e assim se dedicar a outro ofício, como a área política.
Com relação aos partidos, é preciso estimular a nomeação de mulheres para cargos de liderança. Atualmente, das 33 legendas partidárias registradas no Tribunal Superior Eleitoral, apenas quatro possuem mulheres na presidência nacional: Gleise Hoffmann (PT), Luciana Barbosa (PCdoB), Renata Hellmeister (Podemos), Suêd Haidar (PMB).
O poder público também precisa cumprir seu papel no sentido de incluir instruções e ensinamentos para o combate ao racismo e a discriminação já na idade primária. Inserir essa temática nos currículos escolares é um ferramenta primordial para a prevenção aos crimes contra mulheres.
Por fim, Priscila Brito, deixa um último recado especificamente as mães: Eduquem desde já as suas filhas, mostrando-as que elas podem sim ser grandes lideranças políticas. Expliquem de forma simples as funções de uma vereadora, de uma deputada, de uma prefeita de uma governadora, de uma presidente da republica, e quem sabe, não é da sua casa que sairá a próxima líder política da sua cidade.