A Central única dos Trabalhadores (CUT) informou que vai manter a programação 1º de Maio na Avenida Paulista, região Central de São Paulo, destacando em nota, que não foi notificada oficialmente pela Prefeitura de São Paulo sobre a proibição do uso do espaço. “Fiquei surpreso. Me causa estranheza que a Prefeitura tenha feiro dessa forma porque a CUT tomou todas as medidas legais para a realização desse evento”, disse Douglas Izzo, presidente da CUT São Paulo. “Eu não recebi nenhum documento da Prefeitura sob essa questão”, argumentou.
Na sexta-feira (28), a Prefeitura de São Paulo enviou uma nota à imprensa informando sobre a proibição. “A Prefeitura de São Paulo esclarece que na Avenida Paulista não será permitida a atividade pretendida pela CUT (Central Única dos Trabalhadores), tal qual está sendo anunciada pela central para o dia 1º de Maio, pois esta fere entendimento firmado com o Ministério Público, pelo qual são permitidos apenas três eventos (Parada do Orgulho LGBT, Corrida de São Silvestre e a festa de Réveillon). A Prefeitura se dispõe a ceder outro local para a realização dos shows anunciados pela CUT, como, por exemplo, o Vale do Anhangabaú, onde foram realizados os eventos de 1º de Maio da Central Sindical nos últimos anos”, diz o texto.
Neste ano, a CUT solicitou às autoridades públicas a autorização para a festa do Dia do Trabalho na Avenida Paulista. O ato da CUT é o 1º de Maio da Resistência, contra a Reforma da Previdência, Reforma Trabalhista e Terceirização. De acordo com o presidente da CUT, no dia 25 de abril, ocorreu um encontro com a Subprefeitura da Sé, GCM, PM, Metrô e Masp, onde foram combinados os detalhes do ato.
“Ficou tudo acertado naquele momento que o ato seria na Paulista”, disse Izzo. “Me causa estranheza tentar impedir uma manifestação democrática no Dia do Trabalho”, argumentou. Segundo a CUT, o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) citado pelo prefeito João Doria (PSDB) não se enquadra neste caso, já que não haverá palco e não será necessária a interdição da avenida por 24 horas para montagem e desmontagem de estrutura. “Não vai trazer prejuízo à Paulista, não vai ficar fechado o dia todo”, explicou.