O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) completa os seus três meses de mandato com uma aprovação de 38% dos brasileiros, enquanto a desaprovação é de 29%. Entre os entrevistados, 30% o definem como regular. Um total de 3% dos eleitores não quis ou não soube responder.

Os números estão na pesquisa do Datafolha, divulgada, neste sábado (1º de abril). Os índices de apoio ao Governo petista são iguais aos registrados no mesmo período da administração do então presidente Jair Bolsonaro – 30% de avaliação ruim/péssimo, e 33% regular.

O Instituto Datafolha ouviu, na quarta (29) e quinta (30), em 126 cidades, 2.028 eleitores entrevistados. O levantamento tem uma margem de erro é de dois pontos para mais ou para menos.

PASSADO E PRESENTE

Um paralelo entre a pesquisa atual e o levantamento realizado no mesmo período de 2003, quando o petista iniciava a primeira gestão, mostra que, naquele momento, Lula era aprovado por 43%, com uma de 10% de reprovação. Em 2007 – início do segundo mandato, os números eram ainda mais expressivos: 48% de aprovação e 14% de rejeição.

Ao longo de 28 anos com essa metodologia de avaliação, Lula perdeu apenas para a sucessora Dilma, em termos de popularidade, que, em 2011, acumulou o conceito de ótimo/bom para 47% dos brasileiros, bem acima de FHC ( 39% em 1995), Collor ( 36% em 1990) e Itamar Franco ( 34% em 1992).

POPULARIDADE NO NORDESTE

A Região Nordeste, que representa 26% da amostra do Datafolha, mantém o mais alto índice de aprovação do Governo Lula – 53%. É, no Sul (15% da amostra), o pior índice do petista: 29%. O apoio é bem mais expressivo entre os que ganham até 2 salários mínimos – 55%, e jovens (17% de ruim péssimo). Entre os evangélicos, a aprovação é de 28% e, no segmento dos mais ricos, 30%.

Os números do Datafolha não podem ser considerados desconfortáveis e, no cenário das ações de relançamento dos Programas Bolsa Família, Minha Casa Minha, Minha Vida e Mais Médicos, o Governo tende a melhorar os índices de aprovação e consolidá-los com bons ventos na economia, especialmente, geração de empregos.