Representantes das indústrias avaliaram hoje a decisão do Copom de manter a taxa Selic em 6,5% ao ano, na última reunião do órgão do ano. Para o setor, os juros devem cair no país, o novo governo deve continuar com o ajuste fiscal e buscar a redução do custo do crédito no país.
Precisamos urgentemente reduzir o custo de crédito para as empresas e para os consumidores para alcançar o crescimento econômico e a geração de empregos de que o Brasil tanto precisa, diz nota da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).
Para a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), a manutenção da taxa está “em consonância com as incertezas políticas, que só devem ser dissipadas quando o novo governo colocar, de forma clara, quais são as suas propostas e suas diretrizes para a política econômica em 2019”. A entidade estima que a taxa real de juros deste ano deve fechar em um patamar entre 2% e 2,5%.
A Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan) considera adequada a decisão do Copom, levando em conta que a economia brasileira segue com elevada capacidade ociosa, tanto no parque fabril quanto no mercado de trabalho. “De fato, a recuperação econômica ainda é muito lenta e o desemprego elevado. Além disso, a inflação corrente segue em nível historicamente baixo e as expectativas de inflação se mantêm abaixo da meta estabelecida”, avaliou.
Força Sindical
Para o presidente da Força Sindical, Miguel Torres, a manutenção da taxa Selic inibe a criação de mais empregos no país. “Insisto em dizer que a taxa Selic continua extremamente proibitiva, e que os juros altos inibem os investimentos e a geração de novos postos de trabalho. É importante destacar que o país tem atualmente cerca de treze milhões de desempregados que continuarão sem perspectivas caso, a partir de 2019, o novo governo não passe a adotar, entre outras medidas, uma política contundente de redução dos juros”, disse, em nota.
Agência Brasil