A defesa entrou na Justiça com pedido de habeas corpus para a ex-governadora Rosinha Garotinho na manhã desta quinta-feira. Ela e o marido, Anthony Garotinho, foram presos pela Polícia Federal. Segundo a assessoria de imprensa do casal, o advogado Carlos Azeredo deve pedir o habeas corpus do ex-governador ainda nesta quinta.
Nesta quarta, Garotinho foi levado para exames de corpo de delito no Instituto Médico Legal (IML), no Centro. Ele chegou a ser levado para o Corpo de Bombeiros do Humaitá, onde permaneceria preso.
Em seguida, a Vara de Execuções Penais enviou ofício ao secretário de Administração Penitenciária, coronel Erir Ribeiro da Costa, determinando a transferência do ex-governador para a Cadeia Pública José Frederico Marques, em Benfica, onde ficam os presos com curso superior.
Manifestantes aglomerados na porta da cadeia pública atiraram ovos no carro em que o ex-governador foi transferido. Rosinha Matheus estava no presídio feminino Nilza da Silva Santos, em Campos dos Goytacazes, e foi transferida à noite para uma ala feminina da cadeia de Benfica.
A PF apura os crimes de corrupção, concussão (recebimento de dinheiro indevido ou obtenção de vantagens), participação em organização criminosa e falsidade na prestação das contas eleitorais. Nas investigações, a PF e o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MP-RJ) identificaram elementos que apontam que “uma grande empresa do ramo de processamento de carnes firmou contrato fraudulento com uma empresa sediada em Macaé para prestação de serviços na área de informática”.
Segundo a polícia, há a suspeita de que os serviços não eram efetivamente prestados e serviam para mascarar repasses irregulares para campanhas eleitorais. O contrato era no valor de R$ 3 milhões. A PF informou ainda que outros empresários denunciaram que o ex-governador cobrava propina nas licitações da Prefeitura de Campos, exigindo o pagamento para que os contratos “fossem honrados pelo poder público daquele município”.
Crédito do Jornal Extra