O ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, se filia ao PSB, nesta quarta-feira, as 10h30 e cumpre a etapa mais importante para compor a chapa de Luiz Inácio Lula da Silva ao Palácio do Planalto. A costura para o ex-tucano se filiar ao PSB foi feita pelo líder petista que o tem como um homem de diálogo com os diferentes setores da economia e da política e que pode somar nas articulações para o PT voltar à Presidência da República.
Lula encontrou em Alckmin o mesmo papel que foi desempenhado, em 2002, quando convidou o líder empresarial José Alencar para ocupar a vaga de vice. À época, Lula enfrentou resistências entre os petistas que se opunham à presença de um empresário na chapa de um trabalhador que caminhava para presidir, pela primeira vez, o País.
Passados 20 anos, Lula enfrentou, após os primeiros movimentos para atrair o ex-governador de São Paulo, conflitos no PT, mas, sem meio termo, ignorou os protestos e decidiu seguir em frente para fortalecer a chapa ao Palácio do Planalto.
Nome respeitado na política nacional, . Alckmin foi governador de São Paulo, disputou, em duas oportunidades, pelo PSDB, à Presidência da República e, após a derrota em 2018, saiu da cena política e foi jogado no ostracismo pelo governador João Doria a quem elegeu prefeito da Capital e depois Governador.
Alckimin rompeu o isolamento ao se lançar, em 2021, pré-candidato ao Governo de São Paulo, o que despertou o interesse do ex-presidente Lula em tê-lo como aliado. A articulação deu resultado, Lula tirou Alckmin do caminho do petista Fernando Haddad, que lidera a corrida eleitoral em São Paulo e, ao mesmo tempo, ampliou a base partidária na esquerda e no centro para fortalecer a candidatura à Presidência da República.