Em delação ao Ministério Público, o diretor de Relações Institucionais e de Governo da JBS, Ricardo Saud, disse, no último dia 7, que o grupo pagou R$ 80 milhões para a campanha do então candidato do PSDB à Presidência, Aécio Neves. Principal braço direito de Joesley Batista, dono da JBS, nas negociações com políticos do governo ou da oposição, Saud não deu detalhes sobre a forma do repasse ao tucano, mas disse que as “questões” eram na maioria das vezes “ilícitas”.
O delator afirmou que Joesley sempre “correu” do candidato. “Ele (Aécio) continuou pedindo mais dinheiro após a campanha”, relatou. Saud ainda contou que um homem de prenome Fred era o interlocutor de Aécio para receber o dinheiro, sempre em shopping center movimentado.
O dinheiro era guardado por Fred numa mochila de cor preta. Uma pessoa próxima de Aécio conhecida por Fred é o primo dele Frederico Pacheco de Medeiros, preso no âmbito das investigações. O delator ainda contou que pagava “propina” a dois intermediários de Eduardo Cunha, Altair e Lúcio Funaro. (Leonencio Nossa)
Delatores do grupo JBS, o empresário Joesley Mendonça Batista e o diretor de Relações Institucionais, Ricardo Saud, afirmaram pagamentos de US$ 80 milhões em propina “em favor” dos ex-presidentes petistas Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, “mediante depósitos em contas distintas no exterior”.
As informações mostram um despacho do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato na Corte. De acordo o relato, Lula teria recebido “vantagens indevidas” na ordem de US$ 50 milhões. Já Dilma,seria a destinatária de US$ 30 milhões.
O ex-ministro Guido Mantega, que atuou nos governos Lula e Dilma, atuaria como intermediário dos pagamentos. Os negócios seriam realizados no âmbito do BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento), da Petros (Fundação Petrobras de Seguridade Social) e da Funcef (Fundação dos Economiários Federais), “com objetivo de beneficiar o grupo empresarial JBS”.
Com informações O Estado de São Paulo e UOL Noticias