Alguns integrantes da quadrilha, presa após escavar um túnel para furtar o Banco do Brasil em São Paulo, na última segunda-feira, teriam participado do furto milionário ao Banco Central (BC), em Fortaleza, em agosto de 2005.
O delegado Fábio Pinheiro Lopes, responsável pelas investigações, acredita que parte do grupo esteve no Ceará e noutras “investidas” criminosas semelhantes. A exemplo do roubo ao Itaú, em 2011, também em São Paulo, e no assalto à transportadora de valores Prosegur, em Ciudad del Este, no Paraguai em abril deste ano.
Boa parte do grupo que cavou o túnel do Banco Central em Fortaleza, de onde foram levados R$ 164,8 milhões, já está solta. Decisões de alguns desembargadores do Tribunal Federal da 5ª Região (TRF-5), em Recife, extinguiram a pena organização criminosa.
O cearense Antônio Jussivan Alves dos Santos, o Alemão, um dos líderes do roubo ao Banco Central no Ceará foi o primeiro que se beneficiou das sentenças do TRF-5 contra as condenações determinadas pelo juiz Danilo Fontenele – da 11ª Vara Federal de Fortaleza.
Em fevereiro deste ano, a advogada Erbênia Rodrigues conseguiu livrar Alemão de 80 anos, 10 meses e 20 dias de prisão em regime fechado. O TRF-5 entendeu que era nulo o crime de “lavagem de dinheiro praticado por organização criminosa”. O assaltante cearense, que pertence ao Primeiro Comando da Capital (PCC) segundo o delegado federal Antônio Celso – responsável pela investigação do furto ao Banco Central, só não foi solto porque respondia a outros processos. Mas vários bandidos do BC conseguiram a liberdade.