Em apenas dois meses e meio, o Brasil ultrapassou o número de casos de dengue verificado em todo o ano de 2023. Ao todo, são mais de 1,68 milhão de infectados, 513 óbitos confirmados e outros 903 em investigação. Os dados são do Painel de Monitoramento de Arboviroses, do Ministério da Saúde, atualizado ontem.
Apesar de a ministra da Saúde, Nísia Trindade, descartar uma epidemia nacional, 10 unidades da Federação já publicaram decretos de emergência em saúde pública em seus territórios. O último a tomar essa decisão foi o Paraná, que publicou o Decreto 5.183/2024, na quinta-feira. Uma vez decretado o estado de emergência, o processo para a destinação de verbas públicas para combater a doença torna-se mais ágil.
Pico da doença
O pico da infecção no país, geralmente, ocorre entre março e abril. Porém, neste ano, algumas regiões apresentaram aumento acentuado já em janeiro. Conforme a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente, Ethel Maciel, o Ministério da Saúde prevê que, nas próximas semanas, as unidades da Federação que registraram alta mais cedo — casos de Minas Gerais e Distrito Federal —, sofrarão uma queda tão acentuada quanto a alta no número de registros. Outros como São Paulo e Santa Catarina, que começaram a contabilizar o aumento no número de infectados recentemente, podem demorar para diminuir a incidência.
O ministério estimou, ainda no ano passado, ao lançar as medidas de enfrentamento à dengue, que este ano o número de casos pode superar a marca dos 4,5 milhões de infectados — o maior registrado na história.
A doença, porém, começa a ser registrada também na Argentina. Até agora, 95.705 pessoas foram infectadas, número perto de bater o recorde para o primeiro trimestre. Comparado com o mesmo período do ano passado, o número de casos aumentou 1.820%.
(*)com informação do Jornal CB