O diretor-presidente da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), Antonio Barra Torres, deu uma declaração, em depoimento, nessa terça-feira, à CPI da Covid, no Senado, que deixa frustração para os governadores do Nordeste que aguardam a liberação da importação da Sputnik V.
Segundo o presidente da Anvisa, a rejeição à vacina de origem russa até o momento se dá pela falta de todos os documentos necessários, como relatório técnico que explique pontos importantes para a comprovação da qualidade e segurança dos imunizantes.
De forma objetiva, disse Antonio Barra Torres: ” A autorização de uso emergencial da vacina Sputnik V encontra-se, neste momento, em análise na agência através da submissão de documentos pela empresa União Química. No momento de hoje exato, estamos num ponto em que essa análise encontra-se parada para que a União Química forneça as informações’’, observou o Diretor-presidente da Anvisa, que, sem meias palavras, mas com base em parecer técnico, não deu qualquer esperança quanto a entrada da vacina da Rússia no Brasil.
O Consórcio dos Governadores do Nordeste adquiriu, pelo menos, 37 milhões de doses da Sputnik, sendo que, desse total, 5 milhões, 870 mil seriam para o Ceará, mas, pelo cenário, não há expectativa, muito menos perspectiva para a vacina chegar.