A delação premiada, o marqueteiro João Santana e sua mulher Mônica Moura nesta acabou prejudicando, ainda mais , a imagem do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e atingiu a imagem de “honesta” da ex-presidente Dilma Rousseff. Santana disse no seu depoimento, que Lula agiu para que Dilma tirasse Graça Foster da presidência da Petrobras porque ela estava “fechando a torneira” para as construtoras que faziam obras da estatal.

Disse que, à época, em 2014, não via relação entre as críticas de Lula e os pagamentos das construtoras para o PT. “Ele nunca deixava a entender que fechando essa torneira estava fechando forma de pagamento — mas de trás pra diante, entendo dessa maneira”, afirmou o marqueteiro.

Ele diz ter repassado as críticas a Foster à então presidente, que “não fez nenhum comentário”.

Já a publicitária Mônica Moura disse que pagou despesas pessoais de Dilma Rousseff por ela ser “uma cliente importante”. A “cortesia” teria começado na campanha de 2010 e se estendido durante o primeiro mandato da petista. A estratégia funcionou, já que Dilma contratou Mônica e o marido, João Santana, para fazer também o marketing da campanha de 2014.

Entre os “favores”, estaria o pagamento de salário a Rose, que era uma espécie de assessora pessoal de Dilma; serviços prestados pelo cabeleireiro Celso Kamura; além de serviços de teleprompter. Pelas contas da delatora, as despesas foram de pelo menos R$ 170 mil.

Cada visita a Celso Kamura custava R$ 2 mil. Ele teria recebido R$ 40 mil ao longo dos quatro anos do primeiro mandato da petista. Entre os pagamentos de ordem pessoal, Mônica também lembrou de ter dado R$ 200 mil em dinheiro ao ator Jeferson Monteiro, que interpreta da “Dilma Bolada” em redes sociais.

Mônica Moura afirmou em depoimento de sua delação premiada que a presidente Dilma Rousseff sugeriu a ela em 2015 mudar a conta que o casal possuía da Suíça para Cingapura.

Mônica relatou que a presidente manifestou preocupação com a conta diversas vezes, mas que o casal se recusava a mudar porque entendia não estar fazendo nada errado.

Com Agências de Notícias