Quem imaginar que a ampliação dos mandatos de deputados federais e senadores, prevista na PEC (Proposta de Emenda à Constituição) que acaba com a reeleição, é unanimidade entre os parlamentares, pode mudar de ideia.

Mesmo sendo os mais beneficiados, alguns deputados federais se opõem ao que alguns classificam como casuísmo, que é a prorrogação de mandatos de deputados federais e senadores.

Os senadores, se aprovada a PEC, passariam a ter 10 anos de mandatos. A prorrogação seria uma medida para coincidência das eleições. O assunto ganha destaque, hoje, no Jornal Alerta Geral, com o repórter Carlos Alberto e comentários do jornalista Beto Almeida.

Uma das vozes contrários à ampliação de mandatos e ao fim da reeleição para Presidente da República, Governador e Prefeito é o deputado Mendonça Filho, do União Brasil de Pernambuco.

Mendonça apresentou, em 1996, a PEC que instituiu a reeleição, beneficiando, naquele momento, o então presidente Fernando Henrique Cardoso.

Passados 26 anos, Mendonça Filho classifica como um “erro histórico” a mobilização, em especial no Senado, para rever esse modelo e retornar ao mandato de cinco anos. Segundo o deputado pernambucano, os políticos precisam pensar mais nos eleitores e menos nas suas estratégias eleitorais.

‘’Para mim, isso é uma aberração. Inaceitável. Espero que prevaleça o bom senso e que o princípio da reeleição, que é um direito do eleitor, permaneça no arcabouço constitucional brasileiro’’, expôs Mendonça, para, em seguida, concluir. ‘’Acho que os políticos têm que pensar muito mais no eleitor, na perspectiva do cidadão, do que nas suas conveniências de ordem pessoal e estratégica, do ponto de vista político’’.

Segundo, ainda, Mendonça Filho, ‘’juntar todas as eleições numa só, de vereador a presidente, só vai fazer que você secundarize o debate municipal em detrimento ao debate nacional, que é para mim um grande e grave equívoco também’’.

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