Em discurso na Câmara dos Deputados, realizado hoje (30), o deputado federal André Amaral (PMDB-PB) afirmou que vai denunciar ao Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) o Grupo Boticário por práticas nocivas a seus franqueados. O parlamentar apontou que diversos franqueados de vários estados do país estão entrando na justiça contra irregularidades cometidas na relação comercial.
De acordo com André, a Paraíba está passando pelo mesmo problema de estados como São Paulo, Pernambuco, Rio de Janeiro, Minas Gerais entre outros, que por conta de uma política anticoncorrencial e de abuso de poder econômico, ocasionou o fechamento de diversas lojas. “Há algum tempo, o Grupo Boticário, sob a nova presidência do senhor Arthur Grynbaun, passou a atuar de forma arbitrária, impondo unilateralmente regras e procedimentos que atendiam tão somente o objetivo de asfixiar e de endividar as franquias para depois adquiri-las e apoderar-se da estrutura já estabelecida, assim, aumentando os lucros e dominando o mercado”, explicou.
O deputado apontou que depois que o Grupo Boticário ampliou seu faturamento a escalas bilionárias e consolidou-se como líder de seu mercado, a empresa esqueceu que quem permitiu que isso acontecesse foram os franqueados, que hoje estão sendo negligenciados pelo Grupo. “Somente na Paraíba, o meu estado, mais de 20 lojas com mais de 30 anos de história serão fechadas, causando a demissão de centenas de colaboradores. Não só isso, esse fechamento trará também, prejuízos ao estado com a perda de receitas e arrecadação tributária”.
Diante dessa situação o deputado afirmou que irá apresentar, ainda nesta semana, uma representação ao Cade e à Comissão de Assuntos Econômicos da casa para que sejam apuradas as condutas nocivas e anticoncorrenciais do Grupo Boticário que causaram a falência de franqueados e demissão de diversos de brasileiros. “Esta conduta por parte dessa empresa, que tem o respeito da nação, mas que hoje falta com respeito aos trabalhadores e aos franqueados que contribuíram com seu desenvolvimento, precisa ser investigada”, finalizou.