A Ministra do Supremo Tribunal Federal, Cármem Lúcia, deve receber ainda hoje a visita de deputados do PT, PCdoB, PSOL e de Paulinho da Força – do Solidariedade -, com o objetivo de pressionar a Ministra para evitar a prisão o ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva após a análise dos embargos declaratórios no TRF-4. Esta não é a primeira “caravana” que vai ao Supremo em prol de Lula.

O grupo vai ao Supremo horas depois do encontro de Cármen Lúcia com o advogado de Lula, José Paulo Sepulveda Pertence, que já presidiu à Corte e foi o padrinho de sua indicação para ocupar uma vaga de ministro, no governo do ex presidente.

Cármen Lúcia avisou desde o início que não poria na pauta do plenário a revisão da prisão após condenação em segunda instância, alegando que essa questão já passou por três votações recentes e um novo julgamento, por causa de um único réu, seria “apequenar o STF”. O tema não está incluso nas pautas de abril.

A Ministra sofre forte pressões em ambos os lados. Carmém Lúcia tem recebido telefonemas e e-mails que, em sua grande maioria, pedem que o STF mantenha a prisão em segunda instância. Se nenhum ministro puser em mesa a questão em abril, Lula já poderá estar preso em maio.

Em seu livro, intitulado A verdade vencerá: O povo saber porque me condenaram, Lula diz “estou pronto para ser preso”. Além disso, ainda na publicação, o ex-presidente afirma que não sairá do país, não fugirá e nem irá se esconder em nenhuma embaixada. O livro será lançado nesta sexta-feira (16), dez dias antes do julgamento do recurso do ex presidente pelo TRF 4.