Depois da derrota de Fernando Haddad (PT) para o presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL), que confirmou, na opinião de muitos, a rejeição dos brasileiros ao Partido dos Trabalhadores, senadores e deputados articulam uma frente de oposição sem a presença da legenda.

Na Câmara, os acertos já estariam em fase de finalização entre o PDT de Ciro Gomes, que também concorreu à Presidência da República e ficou em terceiro lugar, e o PSB.

Este último protagonizou um dos momentos determinantes, durante a articulação política pré-corrida ao Planalto, quando o governador de Pernambuco, Paulo Câmara, discípulo do falecido Eduardo Campos, exigiu a retirada da candidatura de Marília Arraes, vereadora petista, ao governo do estado como condição para apoiar Haddad.

Assim foi feito e o PDT viu a candidatura de Ciro, que já negociava o apoio do PSB, desidratar. Já Paulo Câmara concorria à reeleição e venceu o pleito.

O PC do B é outra sigla que deve aderir à estratégia. Na última eleição, o partido compôs a chapa do ex-prefeito de São Paulo, indicando a vice Manuela D’Ávilla. Apesar de não ter fechado com PDT e PSB, fontes garantem que a legenda caminha para isso.

No Senado, o cenário não é diferente. Lá, ainda conforme a coluna, as tratativas se desenrolam entre PDT, PSB, PPS e Rede. Líderes desses partidos marcaram uma reunião dia 5 de dezembro, no apartamento de Katia Abreu (PDT-TO), onde pretendem discutir os termos de um manifesto.

Os idealizadores dizem que se trata de criar um grupo que possa atuar de maneira independente do governo, sem que isso seja vinculado aos partidários do ex-presidente Lula.

Em entrevista divulgada nesta segunda-feira ,26, Haddad falou sobre a tática, referindo a Ciro Gomes. “Vai errar se entender que isolar o PT é a solução para o seu projeto pessoal. O PT elegeu uma bancada expressiva, quatro governadores, fez 45% dos votos no segundo turno, 29% no primeiro. É até hoje o partido de centro-esquerda mais importante da história do país”, avaliou.

Com Informações Notícias ao Minuto