Dois deputados do PDT recorreram ao Supremo Tribunal Federal para pedir a suspensão da tramitação da denúncia apresentada contra o presidente Michel Temer na Câmara dos Deputados. Em função do período de recesso na Corte, a questão será decidida pela presidente do Supremo, ministra Cármen Lúcia.
No mandado de segurança, os deputados Afonso Motta (PDT-RS) e André Figueiredo (PDT-CE) pedem que o Supremo conceda uma liminar para obrigar o presidente da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, Rodrigo Pacheco (PMDB-MG), a colocar em votação no colegiado os requerimentos que foram feitos por parlamentares da comissão, solicitando o depoimento de algumas personalidades, entre elas, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, responsável pela denúncia contra Temer.
O presidente da CCJ indeferiu, por meio de uma decisão individual, todos os requerimentos apresentados por deputados para realização de oitivas. Estavam no rol também, os executivos do grupo J&F, Joesley Batista e Ricardo Saud, além dos ex-assessores de Michel Temer, José Yunes e Rodrigo Rocha Loures. O relatório sobre a denuncia deverá ser lido nesta segunda-feira, mas caso seja concedida a liminar o processo pode voltar a estaca zero.