O governo Jair Bolsonaro (PSL) sofreu derrotas no Congresso nessa quinta (9) que colocaram em xeque a reforma administrativa do presidente e os planos do ministro Sergio Moro —que tentava manter sob sua responsabilidade o Coaf, órgão considerado estratégico por ele para ações de combate à corrupção.
Além de terem exposto a fragilidade política da base aliada, as decisões dos parlamentares ameaçam desfigurar a estrutura do governo, que não conseguiu emplacar suas demandas mesmo após ter cedido às pressões e aceitado recriar dois ministérios que inicialmente poderiam abrigar indicações políticas.
O que está em jogo é a medida provisória 870 de Bolsonaro, que estabeleceu logo no começo do mandato uma nova configuração de pastas e atribuições —num total de 22 com status ministerial, contra 29 sob Michel Temer (MDB).