Ganhou repercussão nacional, nesse final de semana, o desabafo de um médico cearense, da cidade de Baturité, que levou às redes sociais a angústia que enfrenta no dia a dia do atendimento médico diante de tantos casos de pessoas infectadas pelas Covid-19. Uma das reportagens, com informações sobre o cotidiano de quem está na linha de frente para salvar vidas, destaca, em tempos de pandemia, o cansaço de quem tenta convencer um paciente para o coronavírus não se espalhar ainda mais.
O personagem principal dessa história é o médico Diego Vieira, também professor de História, que compartilhou nas redes sociais relatos de três episódios ocorridos durante um plantão em um hospital de Baturité. O médico desabafa ao sentir que muita gente não está se protegendo, enquanto os professionais de saúde estão na exaustão. Ele diz: ‘’A população não nos escuta há meses. Enquanto isso, chegamos a mais de 200 mil mortos oficialmente, mas quem trabalha na linha de frente sabe que esse número é subestimado. Estamos exaustos, deprimidos e desesperançosos.
Em um dos casso citados na reportagem, o médico Diego Vieira firma afirma que recomendou a um jovem de 22 anos sobre a necessidade de evitar aglomerações e que este respondeu dizendo que “precisava relazar” no Ano Novo. À outra mulher que estava com febre e tosse, o médico disse que a medicação de cloroquina não tinha nenhuma eficária contra a Covid-19 e esta ameaçou o processar.
Enquanto você posta foto na praia, na balada ou no bar, estamos aqui vendo a segunda onda vir com força redobrada. Enquanto nós não temos mais força nenhuma. Pois ninguém nos escuta”. Ao falar sobre os episódios narrados e Questionado pelo Jornal Extra, do Rio de Janeiro, sobre seu maior desejo para 2021, o médico Diego Vieira respondeu que o maior desejo é “uma campanha séria, organizada e ampla de imunização” posta em prática.