O desemprego ficou em 13,6% no período entre fevereiro e abril deste ano, com o número de pessoas à procura de trabalho chegando a 14 milhões. Esses foram a maior taxa de desocupação e o maior contingente de pessoas desocupadas (sem trabalho e procurando emprego) para um trimestre terminado em abril desde o início da série, em 2012.

Entre novembro do ano passado e janeiro último, a taxa era de 12,6%, com 12,9 milhões de desempregados. Já no trimestre fevereiro-abril de 2016, quando a taxa havia ficado em 11,2%, eram 11,4 milhões de pessoas sem trabalho. Este é o 29º trimestre móvel consecutivo de subida da taxa.

A população ocupada no trimestre terminado em abril (89,2 milhões de pessoas) caiu 1,5%, na comparação com o trimestre fevereiro-abril de 2016 (90,6 milhões), isto é, 1,4 milhão a menos de pessoas trabalhando.

O número de empregados de carteira assinada, de 33,3 milhões, também caiu nas duas comparações: -1,7% (572 mil pessoas a menos) contra o trimestre novembro-janeiro e -2,6% (menos 1,2 milhão de empregados) em relação ao trimestre fevereiro-abril de 2016. Esse é o menor contingente de trabalhadores de carteira assinada desde o início da pesquisa, em 2012.

Indústria tem primeiro resultado positivo após dois anos de retração

Apesar da contínua redução no contingente de trabalhadores, em especial dos de carteira assinada, a Pnad Contínua registrou um expressivo aumento no emprego na indústria, de 1,8% em relação ao trimestre que findou em janeiro, chegando a 11,5 milhões de trabalhadores. Segundo Cimar Azeredo, Coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE, “esse aumento tem especial importância quando se observa que a indústria estava há dois anos registrando perdas seguidas no seu contingente, totalizando, desde 2015, cerca de 1,8 milhão de empregados a menos”.

Com informações Agência IBGE