O desemprego no país foi de 12,1%, em média, no trimestre encerrado em agosto, de acordo com dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O índice caiu em relação ao trimestre anterior (12,7%) e também na comparação com o mesmo período do ano passado (12,6%).
Segundo o IBGE, o número de desempregados no Brasil foi de 12,7 milhões de pessoas. Isso representa queda de 4% em relação ao trimestre anterior. Na comparação com o mesmo período de 2017, houve queda de 3,1%.
Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (28) pelo IBGE e fazem parte da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Contínua. A pesquisa não usa só os trimestres tradicionais, mas períodos móveis (como fevereiro, março e abril; março, abril e maio etc.).
Vagas com carteira e rendimento
O número de empregados com carteira de trabalho assinada (33 milhões) ficou estável em relação ao trimestre anterior. Na comparação com o trimestre de junho a agosto de 2017, houve queda de 1,3% (-444 mil pessoas).
Segundo o IBGE, o rendimento médio do trabalhador ficou em R$ 2.225 no trimestre de junho a agosto, resultado considerado estável em ambas as comparações.
Aumento da informalidade
A pesquisa mostrou também que o número de empregados no setor privado sem carteira assinada (11,2 milhões) ficou estável em relação ao trimestre anterior. Em relação ao mesmo período do ano anterior, houve alta de 4%, ou mais 435 mil pessoas.
Na categoria dos trabalhadores por conta própria (23,3 milhões), a pesquisa registrou alta de 1,5% em relação ao trimestre anterior. Na comparação com o mesmo trimestre do ano passado, houve aumento de 1,9% (mais 437 mil pessoas).
Desalento
De acordo com o IBGE, o país registrou 4,8 milhões de pessoas em situação de desalento (que desistiram de procurar emprego) no trimestre encerrado em agosto de 2018. O número ficou estável em relação ao trimestre anterior.
Em relação ao mesmo trimestre do ano anterior, porém, este indicador apresentou alta de 13,2%, ou seja, mais 555 mil pessoas desalentadas.
A população desalentada é definida como aquela que estava fora da força de trabalho por uma das seguintes razões: não conseguia trabalho, ou não tinha experiência, ou era muito jovem ou idosa, ou não encontrou trabalho na localidade – e que, se tivesse conseguido trabalho, estaria disponível para assumir a vaga.
Recuperação lenta
O mercado de trabalho vem mostrando dificuldade de recuperação diante do crescimento da economia.
Pesquisa Focus mais recente do Banco Central, que ouve cerca de uma centena de economistas todas as semanas, mostrou que as expectativas para crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) para este ano estavam em 1,35%.
Metodologia da pesquisa
A Pnad Contínua é realizada em 211.344 casas em cerca de 3.500 municípios. O IBGE considera desempregado quem não tem trabalho e procurou algum nos 30 dias anteriores à semana em que os dados foram coletados.
Existem outros números sobre desemprego apresentados pelo Ministério do Trabalho, com base no Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados). Os dados são mais restritos porque consideram apenas os empregos com carteira assinada.
Com informação do UOL