Os dados divulgados, nesta quarta-feira, pelo IBGE , com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), mostram estabilidade em comparação ao trimestre anterior, mas com um detalhe: taxa é a mais alta para um trimestre até janeiro. O número de pessoas desempregadas no Brasil, de acordo com a pesquisa, foi estimado em 14,3 milhões no trimestre encerrado em janeiro.
Os números mostram que, embora a taxa de desocupação tenha ficado estável em 14,2% frente ao trimestre anterior, o índice é mais alto para um trimestre até janeiro. O IBGE registra, também, que o número de pessoas ocupadas aumentou 2% e chegou a 86 milhões. Ou seja, são 1,7 milhão de pessoas a mais no mercado de trabalho em relação ao trimestre encerrado em outubro.
Com o aumento no número de ocupados, o nível de ocupação, que é o percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar, ficou em 48,7%. A maior parte desse aumento na ocupação veio da população informal. O número de empregados sem carteira assinada no setor privado subiu 3,6% em relação ao trimestre anterior, o que representa um aumento de 339 mil pessoas. Já os trabalhadores por conta própria sem CNPJ aumentaram em 4,8% no mesmo período, totalizando 826 mil pessoas a mais. Os trabalhadores domésticos sem carteira, após crescerem 5,2% frente ao trimestre anterior, somam 3,6 milhões de pessoas.
A perda de força no crescimento da ocupação, de acordo com a análise técnica do IBGE, vem principalmente da menor expansão na Indústria, no Comércio e na Construção. E em relação à posição na ocupação, o trabalhador por conta própria e o empregado no setor privado sem carteira permanecem sendo aqueles que estão contribuindo mais para o crescimento da ocupação no país. Com isso, a taxa de informalidade no trimestre encerrado em janeiro foi de 39,7%.
Outro dado da pesquisa: os s trabalhadores do setor privado com carteira de trabalho assinada e os empregadores foram duas categorias que mantiveram estabilidade frente ao trimestre encerrado em outubro. Mas na comparação com o mesmo período do ano anterior, o cenário é de queda. São 3,9 milhões de trabalhadores com carteira assinada a menos no setor privado. Já a queda no número de empregadores foi de 548 mil pessoas.
(*)com informação do IBGE