O Programa Desenrola começa, nesta segunda-feira (18), com estímulo para mais de 70 milhões de consumidores negociarem os débitos e voltarem às compras sem restrição de crédito. A medida é adotada em parceria com instituições bancárias.


De imediato, 1,5 milhão de pessoas, de acordo com o Ministério da Fazenda, com dívidas de até R$ 100, terão, de forma automática, o nome excluído da lista de inadimplentes, o que as possibilita, por exemplo, a tomar dinheiro emprestado.

DÍVIDA DE R$ 100 NÃO SERÁ PERDOADA


Segundo as regras do ‘Desenrola’, os bancos terão até 30 dias para fazer a “limpa” nos nomes desses devedores. Há, porém, um detalhe: a dívida desses consumidores não será perdoada, embora não seja mais considerada para registrar restrição no nome do devedor.


A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) destaca, por meio de nota, que os bancos limparão o nome de quem tem dívida de até R$ 100 (o caso de 1,5 milhão de brasileiros), mas que esses cidadãos, ainda assim, terão de pagar os débitos ou buscar formas de negociação.


“A condição de suspensão da negativação da dívida de até R$ 100 não representa um perdão. A negativação da dívida de até esse valor será suspensa, e o cidadão precisará renegociar este valor caso não consiga efetuar o pagamento de uma só vez. No caso de não renegociar ou não pagar a renegociação, a negativação será feita novamente”, alerta, na nota, a Febraban.


BENEFICIADOS: 70 MILHÕES DE PESSOAS


A projeção do Ministério da Fazenda aponta que 70 milhões de pessoas serão beneficiadas com o programa, sendo que, deste contingente, 30 milhões são de devedores da faixa 2, que engloba trabalhadores com renda de R$ 20 mil.


O Programa Desenrola terá, em setembro, uma terceira volta aos cidadãos com renda mensal de até dois salários mínimos ou que sejam registrados do Cadastro único do governo federal (CadÚnico). Essas pessoas poderão renegociar as dívidas financeiras e não financeiras até R$ 5 mil, feitas entre 1º de janeiro de 2019 e 31 de dezembro de 2022.

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