A dívida pública explodiu em 2020, porque o governo fez gastos sem precedentes para combater os efeitos negativos da Covid-19 na economia. Analistas ouvidos pelo Correio reconhecem que essa ação teve efeitos positivos, uma vez que os dados do Produto Interno Bruto (PIB) deste ano apontam para uma retração de metade dos 10% que chegaram a ser cogitados no início da pandemia. Mas, a fatura desses gastos ainda está por vir, e será bem salgada, porque o endividamento do governo continuará crescendo fortemente, pelo menos, até 2024 ou 2026, nas projeções mais otimistas.
De acordo com a explicação do jornalista Carlos Alberto Alencar em sua participação no Jornal Alerta Geral desta segunda-feira (21), o endividamento para cobrir os gastos emergenciais atingiu patamares nunca antes vistos, pois o Brasil não tem poupança como a Alemanha, ou seja, superavit primário (economia para o pagamento da dívida pública) desde 2014. Conforme dados do Banco Central (BC), a dívida pública bruta cresceu 15 pontos percentuais nos 10 meses deste ano, ou seja, R$ 1,1 trilhão, chegando a 90,7% do PIB, o equivalente a R$ 6,6 trilhões em outubro. Esse é o maior imposto que o brasileiro paga sem perceber, e sem reclamar.
Confira na íntegra o comentário do jornalista Carlos Alberto Alencar: