A pouco menos de um ano da eleição de 2024, o ‘União Brasil’ enfrenta um clima de guerra interna no Município de Caucaia. O personagem da discórdia é o presidente da Executiva Municipal, vice-prefeito Deuzinho Filho, que, por meio das redes sociais, anunciou que os atuais 7 vereadores filiados à sigla não terão legenda para concorrer à reeleição em 2024.
Deuzinho argumenta que a decisão se deve ao distanciamento que os próprios vereadores adotaram em relação às diretrizes do partido. O diretório, segundo o dirigente, decidiu investir em novas lideranças como estratégia para renovar e oxigenar os quadros da agremiação.
DITADOR E ANTIDEMOCRÁTICO
A postura de Deuzinho que, em abril deste ano, se filiou ao União Brasil e já chegou como Presidente da Executiva Municipal, recebeu duras críticas dos vereadores. “Lamentamos profundamente o método antidemocrático com que Deuzinho Filho tem conduzido o partido em nosso município’’, destaca um dos trechos da nota, ao ressaltar, ainda, que a bancada do União Brasil representa quase 40% do Legislativo de Caucaia.
Quando assumiu o comando local do União Brasil, Deuzinho, também, recebeu ataques dos vereadores. Os vereadores entenderam que houve imposição uma vez que os militantes da sigla não foram ouvidos sobre a troca de presidente local. A mudança provocou a primeira reação dos vereadores contra Deuzinho.
“Não se faz política sem diálogo, princípio básico do regime democrático. Portanto, não poderíamos deixar de expressar a nossa mais profunda decepção com a nomeação da nova executiva do União Brasil em Caucaia’’, afirmaram, à época, por meio de nota, os vereadores Vanderlan Alves, Camila Cavalcante, Citoin da Sucata, Elzinha Goes, Carlos Henrique, Gilberto da São Francisco e Dalila do Garrote.
URNAS EM 2024
Vice-prefeito e pré-candidato à Prefeitura em 2024, Deuzinho Filho decidiu fazer uma espécie de limpeza no União Brasil e isolar vereadores e filiados que apoiem a administração do prefeito Vitor Valim (PSB). Deuzinho rompeu as relações políticas com Valim após perder espaços na gestão municipal.
O conflito foi aberto nas eleições de 2022 quando Vitor se aliou ao então candidato ao Governo do Estado, Elmano de Freitas, enquanto Deuzinho posou no palanque do Capitão Wagner, que concorreu, pelo União Brasil, ao Palácio da Abolição, e era aliado do presidente Jair Bolsonaro.
NOTA DE ESCLARECIMENTO
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