Nesta sexta-feira (28), é comemorado o dia da Caatinga. Considerado exclusivamente brasileiro, o bioma apresenta um cenário composto por mandacarus, juazeiros e xique-xiques, altas temperaturas, além de uma fauna relevante ao ecossistema, na qual se destaca, entre outros animais, a ilustre arara-azul-de-lear.
A ave de penas azuis contrasta com as nuances de cores quentes da região do Raso da Catarina, localizada em território baiano, que conta com uma unidade de conservação federal homônima, administrada pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), a Estação Ecológica Raso da Catarina.
Biodiversidade única
A variedade biológica deste ponto ambiental não é encontrada em nenhum lugar do mundo. Lá, a espécie também conhecida como arara-azul-grande faz morada, desbravando diariamente distâncias de até 80 quilômetros em busca de alimento e repouso nos paredões de arenito.
O trabalho que a estação ecológica Raso da Catarina desenvolve na região se reflete diretamente na conservação da arara-azul-de-lear, já que a perda de qualidade do habitat é para a ave uma das principais ameaças.
Esse fator compromete os recursos necessários à sobrevivência da espécie, atualmente classificada como Em Perigo de Extinção (EN). Hoje, há apenas cerca de 1.350 exemplares na natureza.
Data reforça conscientização
Mais do que comemorar, o dia da Caatinga tem o intuito de conscientizar a sociedade sobre a importância da conservação do bioma para o equilíbrio ambiental. A busca para preservar a região, considerada como a savana mais rica em biodiversidade do mundo, é uma das ações que o ICMBio vem trabalhando por meio das unidades de conservação. Cabe às áreas de proteção o papel de manter os habitats e ecossistemas.