O Dia do Engenheiro de Pesca – celebrado em 14 de dezembro – foi comemorado em sessão solene, nesta segunda-feira (16), no Plenário 13 de Maio da Assembleia Legislativa. O evento foi solicitado pelo deputado Sérgio Aguiar (PDT).

O parlamentar destacou as lutas e conquistas da categoria nas últimas décadas, como a valorização dos engenheiros de pesca em cargos públicos e privados, comandando segmentos da pesca e da aqüicultura, e a reativação da Associação dos Engenheiros de Pesca do Ceará.

A profissão cresceu, mas precisa crescer muito mais. É grande a luta pela valorização e fortalecimento da profissão. É preciso que haja concursos públicos para os engenheiros de pesca. O Crea (Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Ceará) deveria fiscalizar com mais veemência a atuação dos falsos profissionais. A regulamentação da profissão é outra grande luta, avaliou Sérgio Aguiar, colocando-se à disposição para ajudar a categoria na solução dessas demandas.

Representando o Crea/CE, o engenheiro de pesca Diogo Lustosa salientou que o Conselho fez, neste ano, uma fiscalização educativa, para informar e orientar os profissionais que trabalham com aquicultura e pesca. “Foi um pedido especial da Associação dos Engenheiros de Pesca, que não houvesse multa, que houvesse uma educação primeiro. É importante que a gente faça esse papel educativo”, pontuou.

Já o engenheiro eletricista e conselheiro federal do Crea/CE, Miguel Melo, acentuou a importância de haver políticas públicas para acatar as reivindicações dos engenheiros de pesca no segmento das atividades públicas e privadas.

Nós temos que ter políticas para isso, principalmente nos estados do Nordeste, onde quase todos os estados estão margeando o nosso grande oceano, e a atividade de pesca se torna mais presente nessa região, ressaltou.

Para o presidente da Associação dos Engenheiros de Pesca do Estado do Ceará (AEP-CE), Glauber Gomes de Oliveira, é inadmissível que um país continental como o Brasil importe pescados.

Para se ter uma ideia, o Equador tem 600km de costa e produz mais camarão do que todo o Brasil, e o Ceará, com 573km, poderia ser um Equador da vida. A indústria pesqueira tem que ser reativada. Nós temos que mudar a frota, capacitar e ter pesquisa direcionada, enfatizou.

Foram agraciados o fundador do grupo Compescal, Expedito Ferreira da Costa; o analista ambiental do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Carlos Alexandre Gomes de Alencar (Xexéu), e o fiscal estadual Agropecuário da Adagri e presidente da Associação dos Engenheiros de Pesca do Estado do Ceará (AEP-CE), Glauber Gomes de Oliveira.

Também receberam homenagens o professor do Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE) campus Morada Nova, Sergio Alberto Apolinario Almeida; a professora e coordenadora do Curso de Engenharia de Pesca da Universidade Federal do Ceará (UFC), Alessandra Cristina da Silva, e a engenheira agrônoma responsável pelo Laboratório de Tecnologia do Pescado e Setores de Nutrição de peixes no Centro de Pesquisas em Aquicultura do Dnocs em Pentecoste, Maria do Socorro Chacon de Mesquita.

Estiveram presentes na solenidade ainda a presidente do Sindicato das Indústrias de Frio e Pesca no Ceará (SindFrio), Elisa Gradvohl, e o vereador de Aracati/CE, Caetano Neto (PSB).