Instituído pela Organização Mundial da Saúde (OMS), o Dia Mundial Sem Tabaco, 31 de maio, tem como função alertar sobre as doenças e óbitos em decorrência do fumo de cigarro. Dentre as principais patologias oriundas do tabaco está o câncer de pulmão, que com 82% da mortalidade é o câncer que mais mata no Brasil, segundo o Instituo Oncoguia.
Uma Convenção-Quadro realizada pela OMS, conjuntos de medidas educativas com o objetivo de conter a epidemia global do tabagismo, mostra que o Brasil tem reduzido o número de fulmantes nos últimos anos em razão das políticas públicas. De acordo com a Pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção de Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), em 2017 a prevalência de fumantes era 10,1%, enquanto em 2006 atingiu 15,7%.
“O Brasil é um dos países que teve queda mais significativa na prevalência de fumantes. O último dado Vigitel de 2017 – ainda não foi lançado o de 2018 – mostra que a proporção de fumantes no Brasil era de 10% na população acima de 18 anos, o que é equivalente a 15 milhões ou 16 milhões de pessoas”, afirmou Tânia, em entrevista à Agência Brasil, acrescentando que esse não é um número desprezível porque tem impacto grande no sistema de saúde.
Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), 80% dos tabagistas começam a fumar antes dos 18 anos. Em 2009, 24% das crianças e adolescentes experimentavam cigarros, enquanto em 2015 eram 19%.
Doenças
Entre as pessoas que adoecem por causas atribuídas ao tabagismo, as cardíacas atingem 477,47 mil. A pulmonar obstrutiva crônica vem em segundo lugar, com 378,59 mil casos, seguida de 121,15 mil com pneumonia, 59, 50 mil de acidente vascular cerebral, além de 73,5 mil diagnosticadas com câncer provocado pelo tabagismo. Desse total, 26,85 mil com câncer de pulmão.
Fortaleza
A população fumante de Fortaleza foi reduzida em mais de 50% entre 2008 e 2016. Em 2008, 11,7% dos moradores da capital cearense se declaravam fumantes; a pesquisa Vigitel 2016, divulgada nesta segunda-feira (15) pela Agência Nacional de Saúde Suplementar, aponta que 5,7% dos moradores da capital cearense são fumantes.
No estado do Ceará, Pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel) realizada em 2016 sobre o consumo de tabaco com 53.210 pessoas, mostra a Capital cearense com 7.2% dos fumantes maiores de 18 anos do País.