Era para o país estar crescendo na casa dos 3% em 2018, o da eleição presidencial. Pelo menos essa era a previsão quase consensual de todos os economistas e do governo no início do ano, depois de o país crescer 1,1% no ano passado. Mas a crise política, dificultando aprovação de projetos da agenda econômica, e a greve dos caminhoneiros deram uma travada na economia.
Diante desse cenário, e dos últimos dados mostrando um ritmo fraco da economia, o Ministério da Fazenda vai reduzir mais uma vez sua previsão para o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto, a soma de todas as riquezas produzidas no país). Já havia caído de 3% para 2,5%. Agora será reduzida para 1,6%, a mesma divulgada pelo Banco Central no final de junho.
No mercado, porém, há previsões ainda mais pessimistas. Alguns bancos avaliam que há o risco de o crescimento da nossa economia ficar na casa de 1% em 2018, o mesmo do ano passado. Um dado negativo para os brasileiros e para o governo Temer, que contava com um ritmo mais forte de crescimento neste ano para ter condições de influenciar no processo eleitoral.
Um dos resultados concretos dessa frustração está refletido na taxa de desemprego do país. O governo acreditava que ela poderia fechar 2018 abaixo de dois dígitos, gerando uma sensação de melhora e de prosperidade para a sociedade. O que costuma influenciar no humor do eleitor, que tende a apostar na manutenção do que está gerando benefícios para o seu bolso.
Só que essa taxa ainda está em 12,7%, com 13,2 milhões de desempregados no país, e não fechará o ano abaixo de 10%.
Com informação do Jornal O Globo