O presidente Jair Bolsonaro determinou a suspensão do reajuste de 5,7% no preço do diesel (o litro passaria de R$ 2,1432 para R$ 2,2662), anunciado pela Petrobras. O novo valor começaria a ser cobrado nesta sexta-feira (12), mas vai ficar suspenso até que os técnicos da estatal justifiquem ao presidente a necessidade do aumento.
“Eu liguei para o presidente sim. Me surpreendi com o reajuste de 5,7%. Não vou ser intervencionista. Não vou praticar a política que fizeram no passado, mas quero os números da Petrobras”, afirmou Bolsonaro.
Caso fosse aprovada pelo presidente, a alta divulgada na quinta-feira (11) seria a maior desde que os presidentes da República e o da petroleira, Roberto Castello Branco, assumiram os cargos. Até então, a maior alta tinha sido de 3,5%, registrada no dia 23 de fevereiro. Com exceção desses dois casos, os preços variaram em intervalos de 1% a 2,5%. Para Bolsonaro, o valor não corresponde com a inflação projetada para o período.
Apenas em 2019, o diesel voltou a ser reajustado periodicamente, semanalmente. Nesta terça-feira (9), sob ameaça de nova greve, a Petrobras anunciou que vai manter os preços inalterados por, pelo menos, mais uma semana.
“Eu estou preocupado com o transporte de carga, com os caminhoneiros. São pessoas que realmente movimenta as riquezas. Queremos um preço justo para o óleo diesel”, disse Bolsonaro.