O Governo Federal enfrenta, nesta semana, o maior dilema da gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva que coloca em lados opostos as alas econômica e política do Palácio do Planalto. O conflito está na decisão a ser tomada sobre os preços dos combustíveis. Uma Medida Provisória, assinada pelo próprio presidente Lula, que prorrogou até o dia 28 de fevereiro a desoneração de tributos federais sobre os combustíveis, se expira nessa terça-feira.

REPERCUSSÃO NO CEARÁ


O repórter Carlos Alberto destaca, no Jornal Alerta Geral, a repercussão para os consumidores caso sejam suspensos os efeitos da Medida Provisória que trata da desoneração tributária do álcool e da gasolina.


O jornalista Beto Almeida comenta sobre os efeitos da decisão nos campos político e econômico. O Jornal Alerta Geral, que é gerado pela FM 104.3 – Grande Fortaleza, tem transmissão pelas redes sociais do @cearaagora e por mais de 20 emissoras de rádio no Interior.


CONFLITOS POLÍTICOS E ECONÔMICOS

A ala econômica defende a volta da tributação, o que pode implicar, a partir de quarta-feira, na elevação de R$ 0,69 centavos no preço do litro da gasolina e R$ 0,28 centavos no litro de álcool. Os novos preços estarão nos postos se o Governo optar pelo fim da desoneração tributária.


A volta da cobrança do PIS/Cofins e Cide representará, pelos cálculos dos técnicos da Fazenda, R$ 3 bilhões por mês nos cofres da União. A ala política sabe que o aumento no preço dos combustíveis vai arranhar a popularidade do Governo e faz coro para a MP ser prorrogada por mais dois meses.


Diante do impasse, o presidente Lula se reúne, nesta segunda-feira (27), com o Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, para definir quais rumos serão dados à cobrança dos tributos federais sobre o preço da gasolina e do álcool. O encontro poderá ser marcado, também, por definições sobre a política de preços praticados pela Petrobras.