Um levantamento feito pelo Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos revelou que, no ano passado, o Disque 100 registrou um aumento de 13% no número de denúncias sobre violência contra idosos, em relação ao ano anterior. O Ceará é o sexto estado com maior quantidade de violências registradas, cerca de 1583 relatos, enquanto São Paulo está em primeiro lugar com 9.010 registros.
De acordo com a assessoria de imprensa da pasta, o serviço de atendimento recebeu 37.454 notificações, sendo que a maioria das agressões foi cometida nas residências das vítimas, cerca de 85,6%, por filhos e netos.
O estudo mostra que as mulheres idosas são as principais vítimas e representam cerca de 62,6% dos casos. Em 5,1% dos registros, o gênero da vítima não foi informado.
Quanto à faixa etária, os dois perfis que predominam são de pessoas com idade entre 76 e 80 anos e entre 66 e 70 anos. O relatório também destaca que quase metade das vítimas são brancas.
As violações mais comuns foram a negligência, violência psicológica (configurada quando há gestos de humilhação, hostilização ou xingamentos) e a violência patrimonial, que ocorre quando o idoso tem seu salário retido ou seus bens destruídos. A violência física está em quarto lugar, presente em 12,6% dos relatos levados ao Disque 100.
O ministério informa que, em alguns casos, mais de um tipo de violência foi cometido.