As divergências sobre a destinação de 50% dos recursos das emendas de bancada para ações, obras, equipamentos e compra de insumos para os hospitais levaram os senadores Cid Gomes (PDT) e Augusta Brito (PT) a não assinarem, dentro do prazo, o acordo para permitir a apresentação da proposta à Comissão Mista de Orçamento, o que permitiria o Ceará receber R$ 158 milhões para a rede hospitalar. Sem o consenso, a rede estadual receberá R$ 63 milhões a menos do reivindicado pelo Governo do Estado.
Esse volume de recursos representa metade dos R$ 316 milhões correspondentes a emendas impositivas de bancada, ou seja, com garantia de liberação pelo Governo Federal. Uma fatia importante das verbas seria destinada ao tratamento de pessoas com câncer
O prazo para apresentação da proposta ficou encerrado na noite dessa terça-feira. O coordenador da bancada, deputado Eduardo Bismarck, ainda não sabe qual será o desdobramento desse conflito, mas, nesse momento, o prejuízo é inevitável para a população mais pobre que depende do atendimento na rede pública de saúde.
O Governador Elmano de Freitas, como destaca, no Jornal Alerta Geral, o repórter Carlos Alberto, se reuniu com deputados federais e senadores ao longo deste segundo semestre e fez apelos para metade dos recursos das emendas de bancada ser destinada à área de saúde.
Elmano chegou a visitar, em companhia de parlamentares, as obras do hospital universitário em Fortaleza para mostrar a importância da destinação das verbas do orçamento da união para o setor de saúde. Faltou, porém, consenso e, especialmente, bom senso para os deputados federais e senadores se sensibilizarem com o pedido do Governador.
