O ambiente de divisão marca o encontro nacional que o PDT realiza, em Fortaleza, abordando temas como inovação, governança e sustentabilidade, mas que, na realidade, deflagra a caminhada do partido rumo às eleições de 2024. Os dissidentes decidiram boicotar o encontro.


A crise interna ameaça o desempenho do PDT nas eleições do próximo ano. Em 2022, a sigla elegeu 66 prefeitos, mas muitos não seguem mais a orientação do comando estadual e estão bem próximos ao Palácio da Abolição.


Um dos maiores desafios do grupo liderado pelo ex-presidenciável Ciro Gomes é manter o controle da Prefeitura da Capital. O prefeito José Sarto é, em princípio, candidato à reeleição e, nessa quinta-feira, foi levado nos braços por simpatizantes ao chegar ao hotel onde Hotel Oásis, onde os pedetistas estão reunidos.


VOZ DOS DISSIDENTES


O encontro, aberto na noite dessa quinta-feira, não contou com a presença dos dissidentes, como o senador Cid Gomes e o presidente da Assembleia Legislativa, Evandro Leitão. Cid foi anunciado como um dos participantes, mas não apareceu na abertura do evento. Retomada às 9 horas, nesta sexta-feira, a reunião se estende até 13h30.


ASSUNTO NO JORNAL ALERTA GERAL


O repórter Carlos Alberto, ao participar do Jornal Alerta Geral, destaca a agenda do PDT, a abertura do encontro nacional sem a presença de deputados, prefeitos e lideranças municipais que se tornaram dissidentes e são simpáticas ao Ministro da Educação, Camilo Santana, e ao Governador Elmano Freitas.


Com transmissão pelas redes sociais do @cearaagora e por 22 emissoras de rádio do Interior, o Jornal Alerta Geral é gerado a partir de um dos estúdios do FM 104.3 – Expresso Grande Fortaleza.

DIVISÃO INTERNA, MAS SEM PERDAS

O presidente nacional do PDT, André Figueiredo, ao conversar com jornalistas, falou sobre a divisão interna, a definiu como natural, destacou o esforço conjunto para a sigla se fortalecer para as eleições municipais, mas admitiu que o partido perderá militantes, embora tenha afirmado que não viu nenhum caso de defecção.


Disse André Figueiredo: “Eu ainda não vi a saída de nenhum prefeito que, efetivamente, tenha sido eleito pelo PDT e que estivesse conosco nas eleições de 2022. Eu não vi, pode ser que surja, é natural’’, enfatizou André, ao afirmar que, se alguns dos prefeitos saírem para se filiar a siglas ligadas ao Palácio da Abolição, é porque o Governo do Estado é atraente.


Para André Figueiredo, caso algum queira sair do partido, haverá um esforço da direção para evitar as baixas, que tudo será feito para convencer os prefeitos a permanecerem na agremiação, mas disse, ao mesmo tempo, que é um direito de quem quer sair.


“É natural que algumas pessoas que não se sintam bem no partido queiram sair. Agora, existe uma janela partidária. Aqueles que foram eleitos pelo partido têm de saber que eles, no momento adequado, terão de estar com o partido de todo jeito’’, comentou André, ao se referir à janela que permite, no caso de vereadores, a troca de partido em março de 2024.