O Departamento Nacional de Infraestrutura (Dnit) lançou hoje (05), um programa para avaliar a periculosidade das rodovias brasileiras e reduzir o risco de acidentes. O programa, adotado internacionalmente, foi chamado no país de BrazilRAP. O projeto será implantado em parceria com agências governamentais estaduais, bancos de desenvolvimento, instituições de pesquisa, ONGs de segurança rodoviária e indústria, tendo a Federação Internacional de Automobilismo (FIA) como patrocinador.
O BrazilRAP visa tornar o país livre de estradas de alto risco por meio da implantação da metodologia IRAP. Com esta metodologia, já utilizada em mais de 100 países, depois do levantamento da imagem das rodovias e de sua codificação, são propostas contramedidas para correção dos pontos sensíveis identificados e realizado um plano de investimentos para implementação das soluções propostas, informou o DNIT.
A metodologia classifica as rodovias por estrelas, de um a cinco, conforme respectivos padrões técnicos de segurança. As vias de cinco estrelas são as mais seguras, enquanto as vias de uma estrela são as menos seguras. Entre os fatores analisados estão a existência de travessias de pedestres e calçadas, velocidade de tráfego que prevalece na via, rotatórias, separação de tráfego por canteiro central, via atenuadoras de impacto
Para permitir a implantação, será criado um conselho que, além do Dnit, contará com a participação de representantes do Ministério da Infraestrutura, Agência Nacional de Transportes Terrestres, Polícia Rodoviária Federal, departamentos estaduais de estradas de rodagem, associações e representantes da Academia.
Segundo o Departamento Nacional de Infraestrutura, uma das primeiras etapas da implementação é o levantamento da situação dos 55 mil quilômetros de rodovias no pais, sob a responsabilidade do órgão, até o primeiro semestre de 2020.
No segundo semestre, será feita a complementação do levantamento e a codificação da situação das rodovia. A previsão é que a análise seja finalizada no final do primeiro semestre de 2021.